A importância do controle biológico para o manejo de “pragas”


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A importância do controle biológico para o manejo de “pragas”
Para que haja equilíbrio em um ecossistema é preciso que aconteça adaptação das populações de organismos da biocenose umas às outra, bem como "ambientalização" de cada uma delas com o  meio físico. Qualquer alteração nos componentes vivos ou não vivos do ecossistema pode resultar em um desequilíbrio biótico.

Dados publicados pela Agência Embrapa de Informação Tecnológica - AGEITEC - apontam que anualmente são usados no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos e pesticidas , desta quantia o consumo anual brasileiro tem sido superior a 300 mil toneladas.

Segundo a ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva – o uso dos agrotóxicos tem gerado impactos altamente desfavoráveis à saúde humana. Um dossiê publicado pela associação citada acima desvenda muito mistérios a cerca dos agrotóxicos. A partir do documento é possível ter acesso a uma série de novas publicações muito elucidativas quanto aos malefícios dos agrotóxicos para os seres vivos e para os ecossistemas.

Diante de dados alarmantes, resta os agricultores optarem por meios menos nocivos para o controle de “pragas”.

Para nós, biólogos, as famosas pragas são mais adequadamente conhecidas como desequilíbrio ecológico, portanto devem ser tratadas como tal.

Vale ressaltar que a própria natureza se encarrega de fazer constante manutenção nos ecossistemas, entretanto muitos dos fatores de desequilíbrio resultam em danos muito intensos.

Na literatura científica, a primeira experiência de controle biológico induzida no Brasil aconteceu em 1921. Desde então, muitos pesquisadores têm trabalhado na difusão e emprego dessa técnica.
Mas como esse processo funciona? Para que tenhamos sucesso, é preciso conhecer as espécies envolvidas no desequilíbrio.  O segundo passo é verificar o grau do desequilíbrio e de que maneira ele afeta o ecossistema ou o agronegócio. Posteriormente há a necessidade de introduzirmos um organismo que seja capaz de predar o principal causador dos danos (predador, parasita ou patógeno).

A importância da utilização de técnicas limpas de manejo de “pragas” ainda precisa ser melhor  divulgada. Assim, os investidores do agronegócio poderão conhecer os benefícios da menor utilização de agrotóxicos e pesticidas em suas plantações. Essa mudança traz muitos benefícios para a saúde dos consumidores – que poderão fazer uso de alimentos mais naturais –, aos produtores que poderão oferecer à comunidade produtos de melhor qualidade e livres de tóxicos e principalmente aos ecossistemas.


Referências bibliográficas: 

http://www.abrasco.org.br/UserFiles/File/ABRASCODIVULGA/2012/DossieAGT.pdf> 


<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_41_210200792814.html>


Imagem: http://www.ciflorestas.com.br/arquivos/c_42_42_10754.jpg


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