A importância da polinização para a agricultura e o ecossistema


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A importância da polinização para a agricultura e o ecossistema
Polinização pode ser entendida como o transporte do grão de pólen da antera para o estigma, nas flores das angiospermas, e do microsporângio para a micrópila, nos estróbilos das gimnospermas, podendo se dar naturalmente através do vento, da água ou dos animais, especialmente dos insetos, ou pode ser realizado intencionalmente pelo homem.

Os polinizadores fornecem um serviço essencial ao ecossistema e trazem inúmeros benefícios à sociedade, através do seu papel na produção de alimento e da agricultura, além de melhorias nos meios de subsistência, desenvolvimento científico, cultura e recreação, e na conservação da diversidade biológica. A polinização é essencial para a reprodução sexuada das plantas e, na sua ausência, a manutenção da variabilidade genética entre os vegetais não ocorre.

A produção agrícola reduzida ou os frutos deformados são resultantes da polinização insuficiente e não do uso insuficiente de insumos agro-químicos. Por isso, é muito importante identificar e usar práticas de manejo sustentáveis que diminuam os impactos negativos causados pelo homem sobre os polinizadores, promover a conservação e a diversidade de polinizadores nativos, e conservar e restaurar áreas naturais necessárias para aperfeiçoar os serviços de polinizadores nas áreas agrícolas.

Segundo Ceres Belchior, analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente, "em torno de 75% da alimentação humana depende direta ou indiretamente de plantas polinizadas ou beneficiadas pela polinização animal. Então, se não nos mobilizarmos para combater as causas do declínio dos polinizadores, nossa segurança alimentar e nutricional ficará comprometida."

Em nosso país, a diversidade de polinizadores é muito elevada, mas nós não estamos preparados para utilizar este recurso. A única espécie de abelhas criada em larga escala é a Apis mellifera, espécie exótica e que muitas vezes compete por recursos com os polinizadores nativos. Em muitas áreas tropicais e subtropicais do mundo, um caminho promissor é o uso de abelhas sem ferrão como polinizadores de cultura.

As mamangavas também são polinizadores eficientes de muitas culturas em estufas e em espaço aberto. Elas podem voar em baixas temperaturas e visitam 450 flores/hora. Os aumentos de rendimento relatados ao seu uso em estufas de tomates, por exemplo, pode superar 28%.


Fontes:

http://www.ib.usp.br/vinces/logo/servicos%20aos%20ecossistemas_polinizadores_vera.pdf
http://sna.agr.br/projeto-alerta-para-importancia-de-polinizadores-na-producao-de-alimentos/


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