A crosta da Terra é dividida em placas, as placas tectônicas, que se deslocam lentamente. Esse movimento provocou alterações climáticas e no nível dos mares, que inundaram imensas áreas de terra e depois recuaram. Além disso, as mudanças climáticas podem ser provocadas também por vulcões que entram em erupção e meteoritos e asteroides vindos do espaço que se chocam contra a Terra. Essas mudanças climáticas provocam em certos momentos da história da Terra a extinção de um grande número de espécies em um curto intervalo de tempo (em termos geológicos, curto significa entre 10 e 100 mil anos) - são as extinções em massa.
No fim do período Cambriano, 85% das espécies se extinguiram. Na transição entre o Ordoviciano e o Siluriano, outra extinção eliminou 25% das famílias de organismos marinhos. No fim do período Permiano, houve a maior extinção em massa na história do planeta: cerca de 90% das espécies marinhas, 70% dos animais terrestres e a maioria das plantas despareceram. Faltou pouco para a vida sumir da face da Terra.
O fator responsável por essa extinção pode ter sido as mudanças climáticas provocadas pela união de várias placas tectônicas em um único "supercontinente", a Pangeia. No entanto, descobertas recentes indicam que essa extinção pode ter sido provocada por um asteroide ou um cometa que colidiu com a Terra, levantando uma nuvem de poeira e cinzas, que deixou o planeta escuro e frio por centenas de anos, e provocando intensa atividade vulcânica, que cobriu imensas áreas com lava.
Outra extinção em massa ocorreu no fim do Triássico, eliminando cerca de metade das espécies. A causa mais provável foi um grande derramamento de lava, o que não afasta a hipótese de ter havido um choque de um asteroide ou cometa contra o planeta.
No fim do Cretáceo, ocorreu outra grande extinção em massa, eliminando cerca de 85% das espécies. O estudo dos fósseis parece indicar que no ambiente terrestre foram eliminadas as espécies com mais de 25 Kg. Saíram de cena várias espécies de invertebrados, algas e répteis, incluindo os dinossauros. Uma das teorias mais aceitas para essa extinção é a que supõe a queda na superfície da Terra de um asteroide com cerca de 10 Km de diâmetro. Novos estudos, porém, indicam que ela pode ter sido causada por erupções vulcânicas.
Fonte: Linhares, S.; Gewandsznajder, F. Biologia Hoje. Volume 3. Ed. Ática.