Alterações bióticas - Introdução de espécies


+A +/- -A
Alterações bióticas - Introdução de espéciesA natureza, quando em equilíbrio, impõe resistência às populações, de forma que exista um controle das densidades populacionais. Dentre os fatores de controle pode-se mencionar competição, predação, parasitismo, restrição de alimento e diminuição de território para reprodução.

Quando introduzimos em um ambiente uma espécie de outro ecossistema ou bioma, essa resistência da natureza pode acabar não ocorrendo, seja por não haver predadores dessa espécie no novo ambiente ou por haver grande oferta de território para reprodução, de alimento farto ou de outros fatores. Isso faz com que a espécie introduzida aumente sua população e provoque desequilíbrios ecológicos.

Existem vários casos de introdução de espécies no Brasil e no mundo, com consequências danosas ao meio. No Brasil, dentre vários exemplos recentes, há o do molusco conhecido como caramujo-gigante-africano (Achatina fulica), já exposto em um artigo aqui no blog, e o do mexilhão dourado (Limnoperna fortunei).

- Leia sobre o Caramujo-gigante-africano (Achatina fulica)
- Leia sobre o Mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) - Espécie introduzida por água de lastro no Brasil

A introdução de espécies é hoje uma das maiores causas de perda da biodiversidade no planeta. Os impactos podem ser imperceptíveis e muitas vezes a espécie incorporada passa a ser vista como nativa, contudo as consequências podem ser catastróficas, já que essas espécies podem causar profundas alterações na estrutura dos ecossistemas ou mesmo danos econômicos.

Uma forma de dispersão de espécies exóticas é por meio da navegação marítima ou de águas interiores e uma das principais portas de entrada para essas espécies é a aquacultura. A principal forma de combater a introdução indesejável de espécies é a conscientização da população, que é o principal vetor na disseminação de espécies, principalmente para uso ornamental ou cultivo.

Fontes: Agronline
LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia, vol. único, p. 577, Ed. Saraiva, 2009-2011.

Voltar ao Topo da Página