Dando continuidade a nossa sequência de artigos sobre os morcegos, tentamos fazer os leitores pensarem e refletirem associando uma série de fatores que podem ter contribuído para a criação de um asco envolvendo esses mamíferos.Um fator que colaborou muito para a intensificação da lenda do vampirismo é a existência de um distúrbio chamado Porfiria, o qual afeta o sistema nervoso, pele ou ambos de humanos (NIDDK, 2008). O vampirismo está associado aos casos de porfiria mais agudos, ou seja, aos casos extremos, cujo quadro clínico envolve retração dos lábios, possibilitando o aparecimento dos dentes como se fossem presas, a hipersensibilidade da pele à luz, impedindo a exposição do afetado a luz solar, o surgimento de lesões na pele, levando a desfiguração do indivíduo, e por fim os distúrbios mentais. Portanto, antigamente por falta de informações científicas, os portadores da doença eram denominados vampiros (American Porphyria Foundation, 2008; NIDDK, 2008).
A explicação bioquímica para porfiria é uma falha genética na produção de enzimas que catalisam a formação de substâncias como a hemoglobina e essa falha é passada à prole, se um dos parentais possuírem o gene afetado (American Porphyria Foundation, 2008). Devido ao fato da doença levar a um quadro de anemia, na Idade Média curandeiros induziam seus portadores a consumir ferro, carne crua ou sangue reforçando a ideia do vampirismo (American Porphyria Foundation, 2008 ).
Referência
American Porphyria Foundation, About Porphyria, Disponível em : <
http://www .porphyriafoundation.com / about_por/index. html>, Acesso em
: 09 setembro 2008.
NIDDK, About Porphyria,
Disponível em: <http: //digestive. niddk.nih.gov /ddiseases /pubs/porphyria/
index.htm >, Acesso em: 09 set. 2008
